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Pacientes de Aparecida ficam sem transporte da secretaria de Saúde e temem perder tratamento
Publicado em 13/12/2025 08:40
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Pacientes de Aparecida de Goiânia que dependem do transporte da Secretaria Municipal de Saúde para realizar tratamentos especializados denunciam que estão há, pelo menos, uma semana sem conseguir acessar o serviço. A interrupção tem afetado pessoas com deficiência, idosos e usuários com mobilidade reduzida, que relatam atrasos, falta de veículos e risco de perder vagas no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).

 

 

A Secretaria de Saúde de Aparecida afirma que parte da frota está em manutenção e que, por isso, houve necessidade de remanejar horários, priorizando pacientes em situação de maior gravidade. Segundo nota enviada pela pasta, o serviço deve ser normalizado “em breve”.

 

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“Já estou com três faltas no Crer”, relata paciente

Um dos pacientes afetados é Antônio José, de 64 anos, morador do setor Buriti Sereno. Ele é transportado pela prefeitura há cerca de um ano e meio para realizar reabilitação no Crer, mas afirma que há três semanas o serviço deixou de buscá-lo às segundas e quintas-feiras.

 

Antônio acumulou uma série de condições graves de saúde ao longo dos anos:

 

 

Três cirurgias na coluna;

Duas cirurgias no coração, incluindo cinco pontes de safena e uma mamária;

Colocação de dois stents;

Cirurgia no crânio, após a qual contraiu uma bactéria e ficou 90 dias em tratamento com antibióticos.

Ele relata que não consegue caminhar e nem andar de ônibus. “Transportes até o Crer custam caro e eu não tenho condições. Moro sozinho. Se a prefeitura não me leva, eu não tenho como ir”, diz. Com as ausências forçadas, Antônio teme perder sua vaga na reabilitação. “Já estou com três faltas. Se faltar mais, posso ficar sem o tratamento que me mantém de pé. Não sei o que vou fazer na próxima terça-feira.”

 

Ele conta que sempre enviou mensagens à equipe solicitando transporte. “A resposta era que não tinha carro. Depois disseram que só tinha transporte para hemodiálise.”

 

Irmã de Antônio, a aposentada Maria da Silva, de 66 anos, mora no Parque Ibirapuera, em Aparecida e é cadeirante com invalidez permanente. Ela usa o transporte da Saúde há mais de dois anos para realizar hidroterapia, fisioterapia, acompanhamento psiquiátrico e outros atendimentos no Crer, onde é paciente desde 2012. Ela relata que, por causa das falhas no transporte, quase perdeu a vaga na hidroterapia, um tratamento essencial para aliviar dores e evitar o agravamento das limitações físicas. “Se eu faltasse hoje, eu perdia minha vaga. São anos lutando para manter esse tratamento”, conta.

 

 

Maria explica que mora a cerca de 25 a 30 km do Crer. Nesta sexta-feira, ela foi deixada na unidade às 9h da manhã e só retornou após 13h. “Sem almoço, sem dinheiro para um lanche. Ficamos esperando horas”, diz. A paciente afirma ainda que muitos veículos estão parados no pátio da Secretaria por falta de manutenção. “Tem uns 30 carros parados lá. Só um está funcionando para levar todo mundo, e os que estão rodando são velhos e colocam nossa vida em risco.”

 

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