
Corina diz que só descansará quando Venezuela for “livre e democrática”
María Corina Machado afirmou que não vai parar de lutar até que a Venezuela “se torne um país livre e democrático” e voltou a criticar a ditadura socialista de Nicolás Maduro. A declaração foi dada em uma coletiva em Oslo, na Noruega, nesta manhã (11).
A líder da oposição venezuelana também disse que pretende levar o Nobel da Paz de volta ao país, sinalizando que deve retornar mesmo diante da ameaça de prisão pelo regime chavista.
“Estou muito esperançosa que a Venezuela será livre e a transformaremos em um farol de liberdade, vamos restaurar a democracia. Não vamos parar até que isso se torne realidade”, afirmou Corina.
“(…) Queremos tornar a Venezuela em um centro democrático e econômico das Américas. Anseio por esse dia e vamos receber todos vocês lá em um país brilhante, democrático e livre, e isso acontecerá em breve”, completou a opositora.
Mais cedo, Machado havia dito sentir que “este é um momento de virada” na história da Venezuela. “Os venezuelanos estão sentindo que o mundo está com a gente”, declarou.
Questionada, durante a coletiva, se apoiaria uma intervenção militar dos EUA na Venezuela, a opositora respondeu que “a Venezuela já foi invadida”: “temos os agentes da Rússia, do Irã, temos grupos terroristas como o Hezbollah e o Hamas operando livremente com o apoio do regime [Maduro]”.
“Temos a guerrilha colombiana e os cartéis de drogas, que dominam uma parcela do país. (…) Isso tudo tornou a Venezuela um polo do crime nas Américas”, afirmou Corina Machado. “O regime é sustentado por um poderoso sistema de repressão, financiado pelo tráfico e a venda clandestina do petróleo. Precisamos cortar o apoio a esse sistema, e foi isso que pedimos à comunidade internacional”.
Corina chegou à Noruega em uma operação arriscada. A opositora estava proibida de deixar a Venezuela desde 2014. Seu discurso de aceitação do Nobel foi lido pela filha na quarta-feira, já que ela chegou ao país após a cerimônia.
