
Um poema escrito pelo escrivão de Polícia Civil Thales Jayme da Cunha Mattos emocionou familiares, amigos e colegas ao homenagear as vítimas do acidente com a viatura da polícia, ocorrido na última quinta-feira (31/7), na GO-330. A colisão envolveu um outro veículo e um caminhão e resultou na morte do agente Ananias Batista, 52 anos, e da estagiária Amanda Monteiro, 19. O delegado Leonardo Sanches, 44 anos, e a estagiária Ana Caroliny Siqueira, 18 anos, ficaram gravemente feridos e estão internados no Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO).
O texto, intitulado “Orgulho da Polícia Civil”, relembra a dedicação dos profissionais, o momento do acidente e a despedida marcada por comoção. Em um dos trechos, o autor cita: “Um agente e uma estagiária / Faleceram na colisão / Naquela labuta diária / De viver sempre de prontidão”.
Imagem do poema
O texto relembra a missão e o compromisso dos policiais e estagiários (foto: reprodução)
A poesia também destaca a bravura dos feridos, a despedida solene e o reconhecimento pelo trabalho das quatro vítimas envolvidas no acidente, “E durante o último adeus / Do belo velório e cortejo / Por perto estejam os seus / Pra dar-lhes um último beijo”.
O acidente
O acidente ocorreu quando a viatura policial saiu da pista ao tentar evitar a colisão com um caminhão que desviava de um carro com pneu furado. Todos os condutores e testemunhas foram ouvidos, e um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias do caso.
As vítimas, Ananias Batista e Amanda Monteiro, receberam homenagens em seus velórios. Ananias Batista foi velado e sepultado por volta das 10h desta sexta-feira (1º/8), em Silvânia. Amanda Monteiro também está sendo velada no mesmo município, porém ainda não foram informados o horário e local de seu sepultamento.
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Confira o poema completo divulgado pela Polícia Civil:
Orgulho da Polícia Civil
Dentro do carro estavam
Quatro pessoas gentis
Duas a fé carregavam
E as outras duas – fuzis
Um caminhão então surge
Na frente dos seus destinos
A última prece lá urge
E na igreja se ouvem os hinos
A culpa dos envolvidos
Vai se apurar logo após
No rosto o choro sofrido
Na garganta atam-se os nós
Um delegado e um agente
Cumprindo a sua função
Indo em missão diligente
Trombaram com um caminhão
Também por lá se encontravam
Estagiárias da delegacia
Por essa missão que lutavam
Merecem a mesma honraria
Um agente e uma estagiária
Faleceram na colisão
Naquela labuta diária
De viver sempre de prontidão
E durante o último adeus
Do belo velório e cortejo
Por perto estejam os seus
Pra dar-lhes um último beijo.
Os que feridos se encontram
Honrados de bravata e luta
No seu peito se amontam
Medalhas por sua conduta
Altiva e com grande riqueza
A salva de tiros e se ouviu
Nas graças de Deus com certeza
O orgulho da Polícia Civil
Thales Jayme da Cunha Mattos
Escrivão de Polícia
