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Empresário encontrado morto em Interlagos: veja divergências nas investigações
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 18/06/2025 12:49
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A morte do empresário encontrado em Interlagos, Adalberto Amarilio dos Santos Junior, tem gerado uma série de questionamentos por conta de divergências nas investigações. O caso, que aconteceu no dia 3 de junho dentro do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, apresenta contradições entre os depoimentos e os laudos da Polícia Técnico-Científica.

 

 

De acordo com a Polícia Civil, o empresário foi vítima de asfixia, o que leva o caso a ser tratado agora como homicídio. No entanto, há pontos que não se encaixam nas versões apresentadas, principalmente no depoimento de Rafael Aliste, amigo que estava com a vítima.

 

Rafael relatou que ele e Adalberto consumiram cerveja — cerca de oito copos — e também maconha durante um evento. Ele disse que, após isso, o amigo ficou “muito nervoso, ansioso, agitado e eufórico”. Contudo, o laudo toxicológico do Instituto Médico Legal (IML) apontou zero para álcool e drogas, o que contradiz diretamente o depoimento.

 

A delegada Ivalda Aleixo, que acompanha o caso, classificou como “curiosa” essa descrição, já que tanto álcool quanto maconha são substâncias depressoras do sistema nervoso. Isso acendeu um alerta para possíveis lacunas na versão de Rafael, que deve ser ouvido novamente sob técnicas de perfilamento criminal.

 

 

Empresário de Trindade foi morto como “prova de amor” de ex-funcionário para esposa

Outro ponto que chama atenção nas divergências nas investigações é a forma como o corpo foi encontrado. O empresário encontrado morto em Interlagos estava em pé, sem calça e sem tênis, dentro de um buraco de dois a três metros de profundidade, em uma área de obra isolada, usando apenas um capacete. O detalhe é que a cueca e os pés estavam limpos, o que sugere que ele não caminhou até o local — ele pode ter sido carregado ou teve as roupas removidas próximo ao buraco.

 

Perícias apontaram que “tudo indica que ele não chegou ao carro”, diferente do que Rafael havia dito, alegando que Adalberto Amarilio saiu para buscar o veículo e jantar com a esposa.

 

Além disso, um laudo da Polícia Técnico-Científica encontrou PSA (Antígeno Prostático Específico) na região do pênis, proteína presente no sêmen. Entretanto, não foram detectados sinais desse material nas regiões anal ou oral, o que descarta, até o momento, violência sexual.

 

A princípio, a polícia afirmou que não havia marcas de agressão no corpo. Mas exames mais detalhados mostraram escoriações nos dois joelhos e no pescoço, que indicam ferimentos feitos enquanto a vítima ainda estava viva. A hipótese de “mata-leão”, golpe capaz de provocar asfixia sem deixar sinais visíveis, passou a ser considerada.

 

O laudo anatomopatológico também identificou um fragmento irregular de pele no joelho, com hemorragia interna, confirmando que a lesão ocorreu antes da morte. As análises dos pulmões reforçaram que Adalberto Amarilio morreu por asfixia, descartando intoxicação ou envenenamento.

 

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que, por enquanto, não divulgará mais detalhes para não comprometer as investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca esclarecer todas as circunstâncias da morte do empresário encontrado morto em Interlagos e entender as divergências nas investigações.

 

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