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Alcolumbre arma ofensiva para derrotar Messias no Senado
Publicado em 01/12/2025 15:14
Últimas Notícias

 

Presidente do Senado afirma contar votos para barrar indicado de Lula e ameaça votação relâmpago

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou a aliados ter 60 votos para rejeitar a indicação de Jorge Messias ao STF, segundo a CNN. Mesmo que o governo consiga reunir os 41 votos necessários, ele sinalizou que poderá encerrar a votação rapidamente para impedir que o Planalto alcance o quórum mínimo. A postura contrasta com votações anteriores, quando aguardou mais de 70 senadores registrarem seus votos antes de anunciar os resultados.

 

Parlamentares veem exagero no número citado por Alcolumbre, mas reconhecem que há maioria contra Messias. O senador do Amapá defendia a escolha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso e se recusou a receber o indicado de Lula. A sabatina na CCJ foi marcada para 10 de dezembro, com votação no mesmo dia, prazo considerado curto por governistas.

 

Alcolumbre tem repetido a senadores que, embora a indicação seja prerrogativa do presidente da República, cabe ao Senado aprovar ou rejeitar o nome. Ele afirma que o Legislativo não pode atuar como “mera homologador de decisões unilaterais do Executivo”.

 

Resistência cresce e governo demora a formalizar indicação

A resistência se ampliou com a avaliação de aliados de Alcolumbre de que ao menos 48 votos já estão consolidados contra Messias. O clima piorou após nota pública divulgada pelo presidente do Senado, no domingo (30), em que ele cobrou “respeito institucional” e rejeitou qualquer tentativa de vincular o apoio à indicação a negociações por cargos ou emendas.

 

 

Apesar do anúncio feito há mais de uma semana, o governo ainda não enviou ao Congresso a mensagem formal de indicação, o que pode obrigar a revisão do calendário da sabatina. Nos bastidores, senadores avaliam que o atraso demonstra desorganização política do Planalto.

 

Integrantes da base afirmam que Lula deve intensificar conversas com líderes partidários e tentar reaproximação com Alcolumbre, embora auxiliares digam que o presidente se irritou com as ameaças do senador. Uma das alternativas estudadas seria adiar a sabatina para 17 ou 18 de dezembro, no mesmo período em que o Congresso deve votar a LDO, ampliando o poder de barganha do governo.

 

Governo tenta articulação, Senado endurece

No Planalto, há quem defenda que Lula entregue pessoalmente a carta de indicação ao presidente do Senado como gesto político, mas auxiliares consideram improvável que o petista vá à residência oficial de Alcolumbre. O senador não sinalizou interesse em um encontro.

 

A demora na liberação de emendas parlamentares também alimenta o desgaste. Governistas admitem que a liberação de recursos pode reduzir resistências, sobretudo em ano pré-eleitoral.

 

 

Cenário na CCJ

Messias tem buscado apoio por telefone e pessoalmente. Ele afirma que não deve ser “penalizado” por divergências entre o gov erno e o Senado. A recepção, porém, tem sido fria. Em nota divulgada na segunda (24), o indicado elogiou Alcolumbre, mas recebeu resposta igualmente protocolar.

 

Segundo levantamento interno divulgado pela Band, Messias teria hoje 11 votos na CCJ. Há 7 contrários, enquanto 6 não quiseram se manifestar e 3 não responderam. O indicado precisa de 14 dos 27 votos para avançar ao plenário.

 

A disputa se tornou um dos maiores testes de força entre o governo Lula e o Senado em 2025. Governistas reconhecem que o ambiente é “hostil” e que o risco de derrota é real. Independente do desfecho, a indicação de Messias já provocou desgaste significativo na relação entre o Planalto e o Congresso.

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