Heleno sofre de Alzheimer, perda de memória, prisão de ventre e hipertensão
O Procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou há pouco a favor da concessão de prisão domiciliar para o general da reserva Augusto Heleno. Pedido de prisão domiciliar humanitária foi feito ao STF pela defesa do ex-ministro do GSI do governo Bolsonaro (PL).
Heleno foi preso na última terça-feira (25) após Alexandre de Moraes decretar trânsito em julgado do processo da suposta “trama golpista”. Durante o exame de corpo de delito, o militar alegou sofrer de Alzheimer desde 2018.
Segundo relatório médico, além do Alzheimer, Heleno apresenta perda de memória recente, prisão de ventre e hipertensão, todos em tratamento medicamentoso, vivendo desde 2018 um quadro progressivo de demência.
Na manifestação, Gonet afirma que “as circunstâncias postas indicam a necessidade de reavaliação da situação do custodiado”:
“A manutenção do custodiado em prisão domiciliar é medida excepcional e proporcional à sua faixa etária e ao seu quadro de saúde, cuja gravidade foi devidamente comprovada, que poderá ser vulnerado caso mantido afastado de seu lar e do alcance das medidas obrigacionais e protecionistas que deverão ser efetivadas pelo Estado e flexibilização da situação do custodiado”.
Heleno foi condenado pela 1ª Turma do Supremo a 21 anos de prisão. Ao ser detido, ele foi encaminhado ao Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Segundo Gonet, a situação do general se assemelha à de outros condenados que tiveram a domiciliar, em caráter humanitário, concedida pelo STF.
