
Deputados teriam pedido R$ 1,67 milhão em propina em troca de R$ 6,67 milhões em emendas de saúde
Cristiano Zanin pediu que o presidente da Primeira Turma do STF, Flávio Dino, marque o julgamento contra os deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE), acusados de desviar recursos de emendas parlamentares.
Segundo a PGR, os três integram organização criminosa e teriam praticado corrupção passiva ao solicitar R$ 1,67 milhão em propina ao então prefeito de São José do Ribamar (MA). Em troca, destinaram R$ 6,67 milhões em emendas de saúde ao município.
As investigações apontam Maranhãozinho como líder do grupo, responsável por coordenar e controlar as emendas e distribuir pagamentos aos demais envolvidos. A PGR afirma que Bosco Costa usou contas da esposa e do filho para repasses ligados ao esquema. O caso também envolve lobistas e o agiota conhecido como “Pacovan”, já falecido.
A Procuradoria pediu a condenação dos três por corrupção passiva e organização criminosa, além da perda dos mandatos e do pagamento de indenização por danos morais coletivos.
Ao liberar o caso para julgamento, Zanin concedeu mais 5 dias para Gomes Martins, Martins Neto e Silva Rocha apresentarem suas alegações finais, que não foram entregues no prazo inicial. As defesas alega que as acusações da PGR se “mostram frágeis e desfundamentadas”.
