
Rombo das estatais federais já soma R$ 6,35 bilhões e pressiona contas públicas
Estatais federais acumularam déficit de R$ 6,35 bilhões de janeiro a outubro, segundo dados divulgados nesta manhã (28) pelo Banco Central (BC). O rombo já se aproxima do resultado negativo de todo o ano passado, o pior da série iniciada em 2002.
O cálculo do BC, que exclui Petrobras, Eletrobras e bancos públicos, considera a variação da dívida — metodologia usada em análises fiscais internacionais. No governo, o monitoramento é feito pelo conceito “acima da linha” (receitas menos despesas).
Entram no levantamento do BC estatais como Correios, Emgepron, Hemobrás, Casa da Moeda, Infraero, Serpro, Dataprev e Emgea. O desempenho ruim dessas estatais já pressiona as contas públicas: por causa do rombo acima do autorizado, o governo petista bloqueou R$ 3 bilhões do orçamento deste mês.
A principal deterioração vem dos Correios, que se encontra em crise fiscal. O prejuízo, que foi de R$ 2,5 bilhões em 2024, ultrapassou R$ 4 bilhões no 1º semestre de 2025 e pode chegar a R$ 10 bilhões ainda neste ano — e a R$ 23 bilhões em 2026, se nenhuma medida for tomada.
A Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra 1 e 2 e pela estrutura de Angra 3 (parada há 10 anos), também pediu aporte de R$ 1,4 bilhão ao Tesouro para evitar “colapso financeiro”.
