
Advogados afirmam que Bolsonaro teve “confusão mental” provocada por medicamentos
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu que Alexandre de Moraes reconsidere o pedido de prisão domiciliar humanitária. O ex-presidente está preso preventivamente na sede da Polícia Federal em Brasília desde sábado (22).
Na petição enviada ao ministro do Supremo, os advogados afirmam que “inexiste risco de fuga” e atribuem a violação da tornozeleira a um quadro de confusão mental provocado por medicamentos tomados recentemente.
Segundo a defesa, a crise teria causado “alucinações” e levado Bolsonaro a acreditar que havia uma escuta instalada no equipamento.
“Ao contrário do que foi apontado, não houve qualquer tentativa de fuga ou de se furtar à aplicação da lei penal”, diz o documento. A defesa cita relatórios da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e do médico pessoal do ex-presidente para reforçar o argumento.
Bolsonaro já havia apresentado a mesma explicação na audiência de custódia de ontem (23), ao afirmar que tentou abrir a tornozeleira por acreditar que estava sendo monitorado por uma escuta.
Os advogados sustentam que o episódio demonstra “a situação delicada de saúde” do ex-presidente e anexaram exames e laudos médicos ao processo. Com isso, pedem que Moraes analise novamente o pedido de prisão domiciliar humanitária, já apresentado anteriormente e rejeitado pelo ministro.
