
Comandante quer condução dos condenados na “trama golpista” por militares
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que os militares condenados no caso da suposta “trama golpista” sejam conduzidos por integrantes das Forças Armadas e não sejam algemados no momento da prisão.
O pedido foi feito, de acordo com informações da Folha, durante reunião realizada na última segunda-feira (17), na residência do comandante, no Setor Militar Urbano de Brasília. O ministro da Defesa, José Múcio, também participou do encontro.
Entre os condenados pela Supremo estão: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), capitão reformado; o ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e o general Augusto Heleno, que chefiou o GSI no governo Bolsonaro.
Para Paulo Sérgio e Heleno, a eventual prisão deve seguir protocolos semelhantes aos adotados na detenção do general Walter Braga Netto, com acomodação em sala de Estado-Maior. O local mais provável é o Comando Militar do Planalto, no centro de Brasília.
Braga Netto, que foi candidato a vice de Bolsonaro em 2022, está preso desde o ano passado em unidade militar no Rio de Janeiro e deverá permanecer no local após Moraes determinar o início da execução da pena.
Segundo o UOL, que também abordou o assunto, embora Bolsonaro também seja militar da reserva, “a avaliação na caserna é que o caso dele tem outras especificidades que não cabe ao comandante do Exército nem ao ministro Múcio opinarem”.
Bolsonaro e os demais réus só serão presos quando não houver mais possibilidade de recursos. Na terça (18), o STF publicou o acórdão que rejeitou os primeiros recursos do ex-presidente e dos demais condenados na suposta “trama golpista”.
A publicação iniciou uma contagem de prazos para que as defesas apresentem novos recursos. Esse prazo termina na noite do domingo (23).
