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Ex-ministro de Bolsonaro é alvo da nova fase da Sem Desconto e terá de usar tornozeleira
Publicado em 14/11/2025 14:40
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José Carlos Oliveira, que presidiu o INSS e comandou o Ministério da Previdência, teve endereços vasculhados

O ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Jair Bolsonaro (PL), José Carlos Oliveira, também conhecido como Ahmed Mohamad, foi alvo de medidas cautelares na nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (13) pela Polícia Federal.

 

A Justiça autorizou o uso de tornozeleira eletrônica e determinou busca e apreensão em todos os endereços ligados ao ex-ministro.

 

Oliveira comandou o INSS entre novembro de 2021 e março de 2022, período em que assinou Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com entidades que hoje estão sob suspeita de arrecadar milhões de reais em descontos irregulares de aposentados e pensionistas.

 

Ele permaneceu à frente do Ministério da Previdência Social até o fim do governo Bolsonaro.

 

 

Com trajetória iniciada em 1985 no antigo INPS, Oliveira ocupou diversos cargos técnicos e de chefia dentro do instituto. Em setembro, durante depoimento à CPMI do INSS, afirmou que os acordos eram firmados de maneira “automática” e que a autarquia não possuía estrutura adequada para fiscalizar todas as entidades beneficiadas.

 

Entre elas está a Ambec, associação que, apesar de ter apenas três associados, viu suas filiações e arrecadações dispararem após o aval do ex-presidente do INSS.

 

A Sem Desconto, que investiga um esquema bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários, cumpriu 63 mandados de busca, 10 de prisão preventiva e novas medidas cautelares em 14 estados e no Distrito Federal.

 

As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.

 

 

A operação atinge gestões de diferentes governos, incluindo ex-dirigentes nomeados por administrações petistas e pela gestão Bolsonaro, reforçando o caráter estrutural do esquema.

 

Entre os detidos estão:

 

Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS no governo Lula, preso preventivamente;

 

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS, que se entregou à PF e foi detido;

 

 

A empresária e médica Thaisa Hoffmann Jonasson, esposa do ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira FilhoFonte: Agência Câmara de Notícias

A empresária e médica Thaisa Hoffmann Jonasson, esposa do ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho. Foto: Agência Câmara de Notícias

Thaísa Hoffmann, esposa de Virgílio;

 

Antônio Carlos Antunes Camilo, o “Careca do INSS”, já recolhido na Papuda;

 

André Paulo Félix Fidélis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão.

 

A investigação aponta que associações e empresas firmavam convênios com o INSS para aplicar descontos ilegais em aposentadorias e pensões, movimentando valores que, segundo a PF, causaram prejuízo bilionário aos beneficiários e ao Estado.

 

 

A expectativa é que novas fases da operação avancem sobre entidades e servidores envolvidos no esquema.

 

Apesar das medidas, José Carlos Oliveira não foi preso, mas seguirá monitorado eletronicamente enquanto avança a análise das provas apreendidas.

 

O caso segue no Supremo Tribunal Federal.

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