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G7 discute novas sanções à Rússia e se divide sobre ofensiva dos EUA no Caribe
Publicado em 13/11/2025 18:08
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Reunião de chanceleres mostra dúvidas sobre o real interesse de Moscou em negociar a paz na Ucrânia

Os ministros das Relações Exteriores do G7 se reuniram nesta quarta-feira (12) em Niagara-on-the-Lake, no Canadá, para discutir novas medidas de pressão contra a Rússia e avaliar o impasse nas negociações de paz da guerra na Ucrânia.

 

O encontro, que contou com a presença do chanceler ucraniano Andrii Sybiha, também revelou divergências internas sobre a recente ofensiva dos Estados Unidos contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico.

 

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, reforçou o compromisso de Washington com o apoio militar a Kiev, mas voltou a defender um cessar-fogo imediato, mantendo as tropas russas e ucranianas em suas posições atuais, proposta que Moscou condiciona à cessão de mais território por parte da Ucrânia.

 

Em comunicado conjunto, os ministros afirmaram que os países do G7 estão “aumentando os custos econômicos para a Rússia e explorando medidas contra entidades que financiam o esforço de guerra de Moscou”.

 

 

A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, afirmou à Reuters que os EUA concluíram que “a Rússia não está genuinamente interessada em encerrar a guerra”.

 

G7 discute novas sanções à Rússia foto: Reuters

G7 discute novas sanções à Rússia     foto: Reuters

“Para que haja paz, precisamos pressionar mais. Os EUA têm mantido conversas, mas a avaliação é que Moscou não mudou seus objetivos. As negociações não são genuínas”, disse Kallas.

 

Após o encontro, Sybiha elogiou as novas sanções energéticas americanas contra empresas russas e pediu mais ajuda em armas de longo alcance e reconstrução do setor energético ucraniano, enquanto o país se prepara para mais um inverno sob bombardeios.

 

Paralelamente à agenda sobre a guerra, a atuação militar dos EUA no Caribe gerou desconforto entre os aliados.

 

 

Repercussão entre os países do G7

As forças americanas já realizaram pelo menos 19 ataques contra embarcações suspeitas de tráfico, resultando em 76 mortes. Washington afirma que os alvos estavam envolvidos no narcotráfico, mas não apresentou provas nem justificativas legais detalhadas.

 

O ministro francês Jean-Noël Barrot classificou as ações como “preocupantes e contrárias ao direito internacional”, destacando que a França tem presença territorial na região.

 

“O que os EUA estão fazendo no Caribe é preocupante para todos. Essas operações violam o direito internacional e colocam em risco cidadãos franceses”, declarou.

 

A repercussão foi imediata: o Reino Unido suspendeu o compartilhamento de informações de inteligência com os EUA sobre embarcações suspeitas, e o presidente colombiano Gustavo Petro ordenou que suas forças de segurança interrompessem a cooperação com as agências americanas.

 

 

Apesar das críticas, Washington mantém a justificativa de legítima defesa, amparada no Artigo 51 da Carta da ONU, mas especialistas independentes da ONU afirmaram que os ataques “equivalem a execuções extrajudiciais em águas internacionais”.

 

Além da guerra na Ucrânia, os chanceleres também discutiram o plano de cessar-fogo proposto por Trump para Gaza e o retorno dos reféns israelenses.

 

Embora o cessar-fogo mediado pelos EUA esteja em vigor desde 10 de outubro, os esforços para avançar na segunda fase do acordo fracassaram diante da resistência do Hamas.

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