
Acordo com o governo de Alagoas prevê compensação por danos causados pelo afundamento do solo
A Braskem fechou um acordo com o governo de Alagoas para pagar R$ 1,2 bilhão em indenizações pelo afundamento do solo em bairros de Maceió, causado pela extração de sal-gema realizada pela companhia.
O desastre geológico, que se agravou a partir de 2018, comprometeu a estrutura de milhares de imóveis e forçou mais de 60 mil pessoas a deixarem suas casas por risco de colapso.
O que está no acordo da Braskem?
Segundo a empresa, o acordo prevê compensação, indenização e ressarcimento ao estado como forma de “reparação integral de todo e qualquer dano patrimonial e extrapatrimonial”. O pagamento será feito em um prazo de dez anos, dos quais R$ 139 milhões já foram quitados, informou a Braskem em comunicado a investidores divulgado na segunda (10).
A exploração mineral provocou instabilidade nas bases geológicas da região da Lagoa Mundaú, afetando os bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
As áreas foram interditadas pela prefeitura e pela Defesa Civil, que monitoram o afundamento do solo desde o início do desastre.
A Braskem fechou um acordo com o governo de Alagoas para pagar R$ 1,2 bilhão em indenizações foto: Agência Brasil
A Braskem fechou um acordo com o governo de Alagoas para pagar R$ 1,2 bilhão em indenizações foto: Agência Brasil
Em novembro de 2023, a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por risco de colapso em uma das minas de sal-gema.
No mesmo período, a Polícia Federal indiciou 20 pessoas na investigação sobre o caso, que segue em tramitação na 2ª Vara Federal de Alagoas.
Em julho deste ano, a Defensoria Pública de Alagoas ingressou com uma nova ação pedindo indenização de R$ 4 bilhões para compensar a desvalorização dos imóveis localizados em bairros vizinhos às áreas atingidas.
