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Fraude no INSS: PF realiza nova operação em 8 estados
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 09/10/2025 14:23
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A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (9), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura esquema bilionário de descontos associativos irregulares em aposentadorias e pensões. Estão sendo cumpridos 66 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Distrito Federal e em outros sete estados: São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia.

 

 

Dentre os alvos, estão o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), cujo vice-presidente do órgão é José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a Amar Brasil e a MasterPrev. Em nota divulgada após a primeira fase da operação, o Sindnapi disse que foi o autor de denúncia sobre irregularidades e que, por isso, apoia as investigações.

 

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“Nossa atuação idônea e transparente se expressa na concessão de inúmeros benefícios aos nossos quase 300 mil associados”, pontuou.

 

Segundo a PF, esta nova fase da operação tem como foco aprofundar as investigações sobre possíveis crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa e ocultação de patrimônio ligados a um esquema que teria desviado bilhões de reais de beneficiários do INSS entre 2019 e 2024. A ação conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

 

 

A primeira fase da operação foi deflagrada em abril de 2025, quando a PF e a CGU revelaram que sindicatos e associações de aposentados realizaram descontos indevidos e sem autorização nos contracheques de beneficiários, totalizando R$ 6,3 bilhões. Na ocasião, a cúpula do INSS foi afastada suspeita de envolvimento no esquema.

 

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As entidades envolvidas afirmavam oferecer serviços como planos de saúde, academia e assistência jurídica, mas, segundo a CGU, não possuíam estrutura real para executar o que prometiam. Em muitos casos, os aposentados sequer tinham conhecimento de que haviam sido associados, descobrindo os descontos apenas ao consultar seus extratos de benefício.

 

Em setembro, a PF prendeu os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, apontados como principais operadores financeiros do esquema.

 

 

Na ocasião, as buscas também atingiram o advogado Nelson Willians, suspeito de intermediar transações com uma das associações investigadas. Agentes apreenderam armas, réplicas de carros de Fórmula 1, relógios suíços de luxo e obras de arte durante a operação de setembro.

 

O “Careca do INSS” é apontado como figura central da rede de corrupção que atuava infiltrada no sistema previdenciário. Segundo os investigadores, ele coordenava empresas que funcionavam como intermediárias financeiras entre as associações e servidores públicos. Parte dos recursos desviados era repassada a funcionários do INSS responsáveis por autorizar convênios e validar descontos nos benefícios.

 

Antunes, Willians e Camissotti negam todas as irregularidades.

 

 

O caso levou à instalação de uma CPI no no Congresso que investiga o impacto do esquema.

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