
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que a Polícia Federal reforce a vigilância sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar no inquérito da trama golpista. Além da restrição judicial, Bolsonaro já utiliza tornozeleira eletrônica.
Segundo Gonet, o Ministério Público Federal entende que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve recomendar formalmente à PF a designação de equipes de prontidão em tempo integral, para assegurar monitoramento em tempo real das medidas cautelares.
A discussão ocorre após o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informar ao STF que recebeu um ofício do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT no Senado, apontando risco concreto de fuga de Bolsonaro. O documento sugeria a possibilidade de o ex-presidente tentar se evadir para a embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de dez minutos de seu domicílio em Brasília, e posteriormente solicitar asilo político.
Rodrigues afirmou ter repassado as informações para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal, responsável pela execução da medida cautelar.
Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República se manifeste em até cinco dias sobre o ofício da PF. Após a manifestação, caberá ao ministro decidir se haverá reforço no monitoramento do ex-presidente.
