Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
O que é a onda 'anti-woke'? Movimento internacional reage contra pautas sociais; entenda
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 16/08/2025 09:17
Últimas Notícias

 

O termo “anti-woke” voltou ao centro do debate recentemente, impulsionado pela campanha publicitária da marca American Eagle com a atriz Sydney Sweeney. A propaganda traz imagens sensuais da artista e faz um trocadilho com as palavras "jeans" e "genes" — no inglês, a pronúncia é semelhante.

 

O programa Estúdio i discutiu o tema nesta sexta-feira (15). Veja o vídeo acima.

 

O conceito é ser contra a pessoas ou obras que abordem questões sociais.

 

"Woke é um termo um pouco pejorativo, porque traduzido ao pé da letra é: acordado. Diz respeito a pessoas que seriam despertadas para questões e passariam a medir o mundo inteiro a partir das questões que elas pensariam: gênero, etnia, religião, etc. Pode se pensar em políticas identitárias", afirmou o comentarista Arthur Dapieve.

Esse sentido do termo, e as referências mencionadas por Dapieve, já haviam sido explicados em reportagem anterior do g1.

 

Nos Estados Unidos, o uso político de “woke” e “anti-woke” se intensificou principalmente após a eleição de Donald Trump.

 

O ex-presidente e aliados usam o termo para criticar políticas consideradas de esquerda. Em publicação nas redes sociais, Trump escreveu: “A maré mudou radicalmente — ser ‘woke’ é para perdedores, ser republicano é o que você quer ser”.

 

Após a veiculação da propaganda, sites americanos apontaram que o nome de Sydney Sweeney aparece em um registro de filiação ao Partido Republicano de 14 de junho de 2024.

Dapieve também citou instituições como o Smithsonian, que precisaram rever nomenclaturas e exibições por pressão do governo Trump.

 

Na quinta-feira (14), a Casa Branca determinou uma reavaliação das mostras dos principais museus de Washington para “eliminar as narrativas divisórias ou partidárias” e reforçar o “alinhamento” com a visão dos Estados Unidos promovida por Trump.

 

A repercussão da onda “anti-woke” também foi tema de veículos internacionais:

 

The New York Times - No fim das contas, o negócio de Hollywood é dar ao seu público o que ele quer, não o que ele acha que deveria querer.

The Guardian - Questionou se o 'woke' vencerá novamente, lembrando que os progressistas britânicos sofreram grandes reveses nos últimos anos, tanto na opinião pública quanto em decisões judiciais;

DW - Destacou que qualquer coisa considerada "woke" provoca raiva, que é então direcionada principalmente contra pessoas com postura política de esquerda ou ambientalista.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!