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Em Goiânia, Cristovam Buarque crava federação entre Cidadania e PSB e prevê apoio a Lula em 2026
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 15/08/2025 09:28
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Em passagem por Goiânia nesta quinta-feira (14), onde vai participar do Congresso Municipal do partido que é vice-presidente, o Cidadania, além de lançar um livro, o ex-ministro da Educação, ex-senador e ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque afirmou que sua legenda deve formalizar nos próximos meses uma federação com o PSB e, muito provavelmente, caminhar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela reeleição em 2026.

 

“Hoje eu desejo que seja o Lula, quando comparo com as outras alternativas que nós temos”, disse em resposta a questionamento feito pela coluna. Ele também defende que a aliança com o PSB é o caminho natural para a legenda. De acordo com o ex-ministro, a imensa maioria dos dirigentes já concorda com a composição, embora ainda haja vozes dissonantes, inclusive simpatizantes do bolsonarismo. “Vamos ter que respeitar e ouvi-los também”, ponderou.

 

 

Buarque também sinalizou apoio à manutenção da chapa Lula-Alckmin. “Tenho a maior simpatia pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Não acharia ruim que ele fosse até candidato a presidente, se o Lula decidir se retirar”, afirmou. Contudo, ele vê praticamente consolidada o projeto presidencial do petista.

 

Crise de discurso na esquerda

O ex-ministro aproveitou a entrevista para diagnosticar a perda de fôlego da centro-esquerda e explicar o avanço da ultradireita no país. “As pessoas não vão para a direita porque nasceram assim. É uma frustração com os outros discursos. Nós deixamos de inspirar o eleitor, sobretudo a juventude”, avaliou.

 

Ele apontou três fragilidades centrais no campo progressista: o distanciamento da moral religiosa popular, a incapacidade de competir com a direita no uso das redes sociais e a ausência de um projeto mobilizador de longo prazo. “Misturamos política com religião, como se para ser de esquerda fosse preciso ser ateu ou defender pautas que chocam parte da população”, disse.

 

 

Educação como bandeira

Fiel à sua trajetória, Buarque defendeu uma mudança estrutural na educação básica, com adoção federalizada de escolas-modelo em cidades inteiras, e criticou o foco do governo Lula no ensino superior. Sobre o modelo cívico-militar defendido pelo governador Ronaldo Caiado, foi enfático: “O apelo não é do Caiado, é dos pais. Não conseguimos fazer as escolas tão boas. O diferencial ali é a disciplina e precisamos recuperá-la na rede pública comum”.

 

Cenário presidencial

Para Buarque, Caiado tem “toda legitimidade” para disputar a Presidência, mas esbarra na dificuldade de conquistar o apoio de Jair Bolsonaro (PL). “Mesmo preso, talvez até mais forte preso, Bolsonaro ainda é o único nome que unifica a direita”, analisou.

 

Apesar disso, ele elogiou as pretensões eleitorais do governador goiano. “O Brasil está tão cansado de homeopatas que talvez queira agora um ortopedista”, afirmou, em referência à formação médica do governador. Ele considera Lula favorito para 2026, mas defende que o presidente adote um projeto concreto na educação básica como marca de campanha.

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