
A Câmara Municipal de Acreúna absolveu o prefeito Claudiomar Portugal (PP) no processo de cassação de mandato, na noite de terça-feira (12), e ele seguirá no mandato. Uma Comissão Processante da Casa criada para apurar supostas irregularidades na terceirização de serviços médicos apontou indícios de ilegalidades por meio de relatório, mas a maioria dos vereadores optou por não cassar o gestor.
Em seu relatório, o vereador Diego Smith Rodrigues da Silva Arantes (PSDB) disse haver indícios de nepotismo indireto, conflito de interesses e sobrepreço em contrato com a empresa Castro Herênio Serviços Médicos LTDA, que tem a nora do prefeito, Marília de Paula Freire, no quadro societário.
Conforme a comissão, o contrato original de R$ 3,6 milhões (2022) teve sete aditivos e chegou a R$ 22 milhões sem estudos técnicos (um aumento de quase 500%). O parecer apontou, ainda, prejuízo de R$ 2,38 milhões aos cofres públicos.
O prefeito, por sua vez, negou prática ilícita e alegou perseguição política. “Nunca me envolvi com corrupção, nunca desrespeitei o que é do povo. Que provem qualquer desvio de recurso.” Ainda conforme a defesa do gestor, o reajuste real foi de 42% e não de 498%. Já a nora dele teria apenas 0,1%.
Claudimoar publicou o resultado em suas redes sociais. A presidente da comissão, vereadora Marta Silva Alves (União Brasil), e o membro Juarez Antônio Tavares (União Brasil), divergiram do relator e votaram pela rejeição da cassação.
