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Disputa por ilha no rio Amazonas escala e faz Colômbia e Peru deslocarem militares para fronteira com Brasil; entenda a briga
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 09/08/2025 09:26
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Em meio à escalada da disputa, Petro marcou posição e foi a Letícia na quinta-feira (7), para onde ele transferiu uma celebração da vitória colombiana em uma batalha contra a Espanha que originalmente ocorre em uma cidade a mais de 1.000 quilômetros de lá.

 

No mesmo dia, o primeiro-ministro do Peru, Eduardo Arana, e parte de seus ministros visitaram a região. E a imprensa peruana relatou um suposto sobrevoo de aviões militares colombianos em espaço aéreo do Peru.

 

A escalada é fruto de uma crise que começou no ano passado, mas que se intensificou nesta semana. Na terça-feira (5), a Colômbia acusou o Peru de ter se apropriado da ilha de Santa Rosa. Isso porque a ilha surgiu a partir de uma sedimentação do rio Amazonas dentro da "jurisdição" peruana do rio, a partir de uma divisão da área feita há quase cem anos.

Ao chegar a Santa Rosa, homens do Exército do Peru hastearam dezenas de bandeiras peruanas por toda a ilha. "Eu quero que eles me expliquem por que chegou um helicóptero com militares à ilha de Santa Rosa se ainda não foi decidido que essa ilha é peruana", protestou Petro.

 

O colombiano quer que uma nova convenção seja feita, já que, por se tratar de uma ilha "nova", Santa Rosa não consta no tratado que demarcou a região. "A ideia do tratado era justamente que todos os países fossem contemplados com margens para o rio Amazonas", disse Petro em entrevista ao jornal espanhol "El País".

Fatia ameaçada

A chave da questão é que todas as partes querem um pedaço do rio Amazonas, e a fatia colombiana pode estar ameaçada.

 

Projeções feitas por institutos dos dois países indicam que, por volta de 2030, daqui a cinco anos, o curso do rio Amazonas, que atualmente é dividido em dois justamente pela ilha de Santa Rosa, será direcionado apenas para um lado — o do Peru.

 

Além de ter o fluxo muito instável, o rio Amazonas tem sofrido a diminuição de seu leito nos últimos anos, o que pode provocar a mudança de curso. Assim, a cidade de Letícia, a parte colombiana da tríplice fronteira, deixaria de ter saída para o rio Amazonas.

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