
Entraram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de importação de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump na última semana e atinge parte significativa das exportações nacionais. Com a nova alíquota, o Brasil passa a enfrentar a taxa mais alta do mundo para entrar no mercado norte-americano.
O decreto presidencial, assinado em 30 de julho, adiciona uma tarifa de 40% à já existente, elevando o total para 50% sobre determinados produtos. A medida integra o pacote de políticas econômicas da gestão Trump voltadas à proteção da indústria americana e é vista por analistas como parte de uma estratégia mais ampla de pressão política e comercial sobre o governo brasileiro.
Apesar do impacto, o texto prevê uma lista extensa de exceções, incluindo itens como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos. No entanto, setores como o agroindustrial e de manufaturas poderão ser afetados diretamente, com aumento de custos, perda de competitividade e risco de queda nas exportações.
O governo brasileiro já acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a medida, mas o processo é longo e sem garantia de vitória. A diplomacia brasileira também estuda medidas bilaterais e estratégias de compensação para mitigar os impactos sobre os setores atingidos.
