O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) foi internado ao passar mal após a decretação de prisão domiciliar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (04/08). Pela manhã, ele esteve na sede do PL em Florianópolis e embarcou para o Rio de Janeiro por volta do meio-dia. No entanto, após a decretação da prisão domiciliar teria sido levado às pressas a um hospital no Rio com a pressão alterada, sendo submetido a exames cardíacos. A orientação de ser internado foi do próprio cardiologista.
A prisão de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na decisão, o ministro argumentou que o ex-presidente tem cometido”reiterado descumprimento das medidas cautelares”. Moraes também ordenou à Polícia Federal (PF) o recolhimento do aparelho celular que o ex-presidente usou para participar, de forma remota, dos atos bolsonaristas de domingo (03/08).
Carlos Bolsonaro mantém em seu perfil no X uma foto do pai discursando no telefone para manifestantes bolsonaristas que se reuniram na praia de Copacabana no domingo. A postagem foi citada pelo ministro do STF, na decisão que comunicou a prisão domiciliar do ex-presidente.
Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro
O ministro afirmou que a presença contínua do ex-presidente nas redes sociais “demonstra necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu, mesmo com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão”. Moares ainda advertiu o ex-presidente de que, se houver o descumprimento das novas determinações, Bolsonaro pode ser enviado para a prisão preventiva e ir para atrás das grades.
Um dos vídeos que ensejou a decretação de prisão domiciliar do ex-presidente foi veiculado no ato bolsonarista que aconteceu neste domingo, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Esse mesmo vídeo foi postado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas apagado horas depois.
A decisão foi proferida no âmbito da investigação que apura a articulação de uma tentativa de golpe após o resultado das eleições de 2022. Bolsonaro já é réu nesse inquérito e também em outras ações penais que tramitam no STF.
*Informações do portal CNN
