
A equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou os cálculos sobre os impactos da derrubada do decreto que reajustava as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), aprovada pelo Congresso Nacional nesta semana. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que a decisão pode afetar programas sociais e pressionar ainda mais o cumprimento da meta fiscal.
O decreto havia sido apresentado como parte do esforço do Executivo para elevar a arrecadação e viabilizar o déficit zero em 2025. A proposta alterava alíquotas aplicadas a empresas e grandes investimentos. O texto, no entanto, desagradou parte do Legislativo e do setor empresarial.
A derrubada ocorreu por ampla margem na Câmara dos Deputados, com 383 votos a favor do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) e 98 contrários. No Senado, a votação foi simbólica, sem registro nominal de votos.
Nas últimas semanas, o governo tentou articular uma saída para evitar a derrota. O presidente Lula recebeu lideranças, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ministros palacianos em sua residência oficial. Os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) também se mobilizaram em conversas com parlamentares.
No entanto, a movimentação não foi suficiente para conter a insatisfação de deputados e senadores, que cobravam o pagamento das emendas parlamentares.
