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Alexandre de Moraes estaria agindo por “vingança pessoal” contra Bolsonaro, diz Cid
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 24/06/2025 12:50
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e delator no processo que investiga uma suposta tentativa de ‘golpe de Estado’, afirmou em mensagens privadas que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, estaria agindo por “vingança pessoal” contra o ex-presidente. As mensagens foram trocadas com o advogado Eduardo Kuntz e estão documentadas em ata notarial. A revelação foi publicada pelo site Metrópoles e já integra os autos da ação penal em curso no STF.

 

Segundo Cid, Moraes teria dito ao comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, que Bolsonaro “acabou com a vida dele”, em referência ao desgaste político e pessoal sofrido desde o governo anterior. O relato foi repassado ao general Lourena Cid, pai do tenente-coronel. “Ele vai querer acabar com a vida do PR [presidente] e do entorno”, escreveu Cid em mensagem.

 

 

A acusação foi formalizada pelo advogado de Marcelo Câmara — assessor de Bolsonaro preso preventivamente em 18 de junho — após Cid criticar duramente a detenção, classificando-a como “vergonhosa” e politicamente motivada. Câmara teve sua prisão decretada por Alexandre de Moraes após descumprir medidas cautelares impostas desde 2024.

 

A defesa de Bolsonaro já tenta anular o acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, argumentando que o delator manteve contato irregular com advogados de outros investigados, o que violaria as condições do acordo. A Procuradoria-Geral da República, no entanto, avalia que o conteúdo da delação pode ser mantido como prova, ainda que Cid perca os benefícios pactuados.

 

A nova linha de argumentação da defesa do ex-presidente aposta na construção de uma narrativa de “perseguição pessoal” por parte do ministro Moraes, o que, se reconhecido juridicamente, poderia abrir espaço para questionamentos sobre a imparcialidade do julgamento.

 

 

Integrantes do STF, sob reserva, rechaçam qualquer motivação extra jurídica na condução do caso e apontam que as prisões e medidas cautelares adotadas seguem parâmetros legais diante da gravidade dos fatos investigados.

 

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