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Deputado Lucas Bove pede prisão Cintia Chagas por publicação sobre vi0lênci@ doméstica
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 17/06/2025 13:21
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O deputado estadual Lucas Bove (PL) acionou a Justiça para tentar impedir que sua ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas, aborde temas relacionados à violência doméstica em suas redes sociais. A ação, protocolada na segunda-feira (9), inclui ainda um pedido de prisão preventiva contra Cíntia, sob a alegação de que ela teria violado uma decisão judicial de sigilo ao publicar um vídeo genérico sobre violência contra “mulheres independentes”.

 

O caso, que já vinha chamando atenção após declarações públicas da influenciadora, ganhou contornos de tentativa de censura. Segundo os advogados de Bove, a publicação de Cíntia, mesmo sem citar nomes, seria suficiente para configurar quebra de sigilo determinado na Justiça desde o divórcio, ocorrido em agosto de 2023.

 

 

A defesa da influenciadora classificou o pedido de prisão como “absurdo”, “desproporcional” e “fundado apenas em suposições sobre uma postagem sem nomes ou referências diretas”. Além disso, lembrou que o próprio deputado já se manifestou publicamente sobre a separação, o que enfraqueceria a tese de violação do sigilo.

 

No fim de maio, a Justiça já havia negado um pedido semelhante feito por Bove. Em sua decisão, a juíza Carla Santos Balestreri afirmou que não havia “comprovação inequívoca de descumprimento da medida cautelar”. Mesmo assim, o parlamentar voltou a insistir no processo, agora com pedido de abertura de inquérito policial.

 

O conflito ganhou ainda mais projeção após entrevista de Cíntia ao portal LeoDias, em que relatou episódios de violência física e psicológica durante o relacionamento. Desde então, a tentativa do deputado de impedir que ela fale sobre violência doméstica tem sido interpretada por especialistas e ativistas como um exemplo preocupante de judicialização do silenciamento.

 

 

Ao buscar restringir o direito de sua ex-esposa de falar publicamente sobre um tema de interesse coletivo, ainda que de forma indireta, o deputado não apenas acirra o litígio pessoal, como lança dúvidas sobre o uso do Judiciário como ferramenta de retaliação.

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