Trump abre possibilidade de diálogo enquanto EUA intensificam operações contra cartéis

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que pode abrir negociações com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. A declaração ocorreu após o republicano afirmar, na última sexta (14), já ter decidido sobre uma ação militar no país do socialista.

Esse é um dos primeiros sinais de um possível caminho para reduzir a tensão na região, enquanto os EUA mantêm operações contra embarcações de cartéis narcoterroristas próximas à costa venezuelana e no Pacífico.

“Podemos ter algumas discussões com Maduro, e veremos como isso vai acabar”, disse Trump no domingo (16) a repórteres em West Palm Beach, na Flórida, antes de embarcar para Washington. “Eles gostariam de conversar”.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também anunciou, por meio da rede social X, que o Cartel de los Soles, liderado pelo “ilegítimo” Nicolás Maduro, será classificado como “organização terrorista estrangeira”.

O grupo atua em parceria com a Tren de Aragua, já designada como “organização terrorista estrangeira”, no envio de drogas para o país de Trump.

A medida pode ser a última exigência legal antes de uma intervenção militar no país governado pelo ditador socialista.

Trump já afirmou que os EUA estão em guerra contra os cartéis da América Latina. Há mais de um mês, ações militares são realizadas no Mar do Caribe e no Pacífico, com ataques a mais de 20 embarcações de traficantes que transportariam drogas para os EUA. Pelo menos 83 narcoterroristas já morreram.

A presença militar americana na região foi intensificada nos últimos dias. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, anunciou uma nova ofensiva chamada “Lança do Sul”, que mobiliza o Comando Sul e uma força-tarefa destinada a combater organizações narcoterroristas.