
Escolha traz à tona a influência do STF sobre órgãos de investigação
O delegado Lysandro Tenório, que atuava no gabinete do ministro Luiz Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado para chefiar a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. A decisão, publicada nesta quinta-feira (6), gerou repercussão imediata nos bastidores políticos e dentro da própria PF, por aproximar ainda mais a cúpula da corporação do Judiciário.
Tenório ocupava o cargo de assessor especial de Barroso desde 2023 e teve participação direta em análises técnicas de processos sensíveis ao governo. Agora, assume o comando da unidade mais estratégica da PF — responsável por operações de grande impacto político, investigações sobre autoridades com foro privilegiado e delações de ex-integrantes do poder.
O delegado Lysandro Tenório, que atuava no gabinete do então ministro Luiz Roberto Barroso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado para chefiar a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. foto: Polícia Federal
O delegado Lysandro Tenório, que atuava no gabinete do então ministro Luiz Roberto Barroso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, foi nomeado para chefiar a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal.
foto: Polícia Federal
A nomeação é vista por críticos como um sinal de alinhamento entre o Supremo e a direção da PF, especialmente em um momento em que investigações atingem figuras ligadas ao bolsonarismo. Integrantes da oposição afirmam que o movimento pode comprometer a autonomia institucional da Polícia Federal e ampliar o controle político sobre as investigações.
Já aliados do governo minimizam a polêmica e afirmam que a escolha segue critérios técnicos. Lysandro Tenório tem mais de 20 anos de carreira na PF, com passagens por áreas de inteligência e combate ao crime organizado.