O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já se prepara para um possível desfecho negativo no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo aliados, Bolsonaro já planeja pedido de prisão domiciliar se for condenado no julgamento da trama golpista, previsto para terminar nesta semana. A estratégia seria justificar o benefício por questões de saúde.
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As penas somadas dos crimes imputados ao ex-mandatário podem ultrapassar 40 anos. Ainda assim, pessoas próximas garantem que ele pretende esgotar todos os recursos antes de recorrer à prisão domiciliar. Atualmente, o ex-presidente já cumpre medida nesse regime desde o início de agosto, após descumprir determinações do ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com interlocutores, a defesa usaria laudos médicos que apontam crises recorrentes de soluço e vômitos, além de problemas na pele que podem indicar câncer. Nesta semana, inclusive, seus advogados solicitaram autorização para um procedimento cirúrgico de retirada de pintas suspeitas.
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Aliados reforçam que o quadro de saúde de Bolsonaro está fragilizado e que uma eventual prisão em regime fechado poderia colocar sua vida em risco. “Se colocarem ele na cadeia, é porque querem matar o Bolsonaro”, afirmou o senador Ciro Nogueira (PP-PI), próximo do ex-presidente.
A expectativa é que o julgamento na 1ª Turma do STF seja concluído até sexta-feira (12). Caso seja condenado, a execução da pena só deve ocorrer em novembro. Nesse cenário, a defesa estaria pronta para apresentar o pedido de prisão domiciliar com novos relatórios médicos.
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Nos bastidores, familiares e aliados relatam que Bolsonaro emagreceu, apresenta abatimento psicológico e tem se mostrado desanimado desde que foi preso. Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse que o encontrou sereno, mas com crises frequentes de soluço.
