O vereador Luan Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia, anunciou nesta terça-feira (26) que abriu mão dos cargos e indicações que possuía na Prefeitura. A decisão foi tomada após orientação de seu líder político, o deputado estadual Clécio Alves (MDB), crítico da gestão Sandro Mabel (União Brasil). À coluna, contudo, ele rejeitou que esteja à caminho da oposição.

“Quero ainda em tempo, ontem eu tive uma orientação do líder do meu grupo político que é o deputado Clécio Alves e solicitando que eu enquanto vereador e representante do meu grupo abrisse mão dos espaços que a gente possuía na Prefeitura de Goiânia e as indicações que fiz. Quero comunicar o líder do governo que a partir de agora meus espaços estão à disposição do cargo”, declarou em plenário.

A manifestação ocorre no auge da crise provocada pela instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da LimpaGyn, instaurada à contragosto do Paço Municipal e que já provocou fissuras entre vereadores da base.

À coluna, Luan Alves ressaltou que sua decisão não significa adesão à oposição. De acordo com ele, a medida tem caráter de coerência política diante da posição de Clécio Alves, mas não implica rompimento imediato com a base de Mabel na Câmara. “Não irei para oposição, a gestão poderá contar comigo para tudo que for bom para cidade e para quem mora nela”, salientou.

A decisão ocorre um dia após Mabel exonerar Diogo Franco do comando da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços. Diogo é irmão do vereador Igor Franco (MDB), líder do governo na Câmara e peça central nas articulações da base em meio à instalação da CEI da LimpaGyn.