
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) mantém desde outubro de 2023, em seu gabinete na Câmara dos Deputados, um funcionário que já foi alvo da Polícia Federal por vandalismo em prédio público na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A informação é do site Metrópoles.
Trata-se de Samuel Santos, contratado como secretário parlamentar. Segundo dados do portal da Câmara, ele recebe salário líquido de R$ 3.125,11, além de R$ 1.784,42 em auxílios. Sua função inclui tarefas como elaboração de projetos de lei, assessoria de imprensa, agendamento de reuniões e apoio administrativo.
Em dezembro de 2022, Samuel foi detido pela Polícia Militar do Distrito Federal após ser flagrado pichando a parede lateral do Ministério da Educação com spray. As frases escritas foram “bozo na prisão” e “bolsa na mão”. Na ocasião, policiais encontraram três latas de spray em sua mochila. Conduzido à Superintendência da PF, ele foi autuado em termo circunstanciado por crime de menor potencial ofensivo.
Um laudo da PF apontou que a limpeza do patrimônio pichado custaria R$ 1.123,20, valor que não foi ressarcido pelo suspeito. Segundo o relatório, a recuperação exigiria pintura de aproximadamente 72 m² da parede externa.
O Ministério Público Federal (MPF) propôs um acordo para evitar ação penal. Santos pagou R$ 300 a uma entidade assistencial como forma de retratação, cumprindo a medida alternativa. Poucos meses depois, ele assumiu a função de assessor parlamentar no gabinete de Hilton.
A contratação não é ilegal, mas reacende debate sobre critérios de escolha para cargos de confiança na Câmara. Até o momento, a deputada não se manifestou publicamente sobre a nomeação.
