A Petrobras registrou nesta sexta-feira (8) uma perda de quase R$ 32 bilhões em valor de mercado, em reação negativa à divulgação do balanço trimestral e à previsão de dividendos considerada abaixo das expectativas. As ações ordinárias (PETR3) caíram 7,95%, cotadas a R$ 32,78, enquanto as preferenciais (PETR4) recuaram 6,15%, a R$ 30,53.

O tombo ocorreu apesar do lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta em relação ao prejuízo de R$ 2,6 bilhões no mesmo período de 2024, mas 24,3% inferior ao resultado do trimestre anterior. A estatal aprovou o pagamento de R$ 8,66 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, o equivalente a R$ 0,6719 por ação — valor bem abaixo dos cerca de R$ 12 bilhões estimados por casas como a XP Investimentos.

Segundo o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, a queda foi motivada por frustração dos investidores com o volume distribuído. Ele destacou que o resultado foi impactado por eventos não recorrentes e que a companhia mantém perspectivas positivas, com foco em recomposição de reservas e aumento de produção. Do total de dividendos, cerca de 29% irão para o governo federal e 8% para o BNDES.