
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou nesta quarta-feira (6/8), uma operação para desmantelar uma rede criminosa que traficava cetamina desviada do uso veterinário para festas no DF. Conforme publicado pela coluna Na Mira, do portal Metrópoles, a droga, um anestésico de uso controlado, era comercializada de forma ilegal em eventos na capital do país.
A ação, batizada de Operação Nêmesis, cumpriu 10 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Betim e Perdões, além de Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal.
Os agentes recolheram mais de 4 mil frascos de cetamina, cada um com 50 ml do anestésico. Segundo a polícia, essa é uma das maiores apreensões da substância já registradas no Brasil. Para se ter ideia, a quantidade apreendida seria suficiente para anestesiar cerca de 80 mil cães de porte médio, 100 mil gatos ou 4 mil cavalos.
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As investigações revelaram que os envolvidos falsificavam receitas e notas fiscais veterinárias para simular legalidade e viabilizar o desvio da cetamina para o comércio ilegal em festas. Os mandados foram cumpridos em endereços ligados a cinco pessoas físicas e cinco empresas do ramo veterinário, entre elas clínicas, agropecuárias e distribuidoras de medicamentos controlados.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e falsificação de documento particular. As penas podem chegar a cinco anos de reclusão, de forma cumulativa.
Os materiais recolhidos — como frascos, documentos, celulares e computadores — serão analisados e cruzados com informações obtidas em quebras de sigilo autorizadas pela Justiça.
A operação contou com o apoio do Ministério da Agricultura, policiais civis de Perdões e equipes do Denarc de Minas Gerais.
Popularmente conhecida como “Special K”, a cetamina é um anestésico aprovado para uso em animais de grande porte, mas tem sido usada como droga recreativa em festas clandestinas. Seus efeitos psicoativos incluem alucinações, dissociação mental, dependência química e até morte, em casos de uso abusivo.
A Operação Nêmesis segue em andamento, com análise pericial dos materiais apreendidos e aprofundamento das investigações.
*Com informações do Metrópoles
