
Manifestantes que foram à Praça Tamandaré em Goiânia, em mais um ato à favor da anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo (3) assistiram o senador Wilder Morais (PL), que é presidente do PL em Goiás, subir o tom contra o ministro da alta corte, Alexandre de Moraes. Em momentos diferentes, ele destacou que com a retomada nos trabalhos no Senado, a prioridade dos “senadores de direita” seria o impeachment do juiz. “Chegou o final do Alexandre de Moraes e chegou também o final do Lula”, disparou.
“A partir dessa semana, como diz o ditado de Goiânia, o pau vai quebrar lá em Brasília. Podem ter certeza: chegou o final do Alexandre de Moraes e chegou também o final do Lula. Ninguém aguenta mais esse país”, declarou Wilder, sob aplausos dos manifestantes.
O senador acrescentou que os parlamentares de direita estão se mobilizando para pressionar os colegas que ainda não assinaram o pedido e, principalmente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil‑AP), para que o processo seja pautado. “Todos os senadores nossos, da direita, da volta trabalhando, pressionando aqueles senadores que não assinaram ainda, e também o presidente do Senado para colocar em votação o impeachment do Alexandre Moraes.”
Vale lembrar que antes de Moraes ser ungido ministro do Supremo, no governo tampão do presidente Michel Temer (MDB) em 2017, Wilder Morais foi um dos principais articuladores de sua indicação. Ele chegou a promover uma espécie de “sabatina informal” com pelo menos oito senadores, numa embarcação do senador, no lago Paranoá, em Brasília. O momento duas semanas antes de Moraes ser escrutinado pelo plenário da Casa Alta do Congresso Nacional.
O ato deste domingo reuniu apoiadores de Bolsonaro que defendem a anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro e rechaçam decisões do STF. Em meio a cartazes, faixas e orações, os manifestantes reforçaram o discurso de perseguição política e cobraram reação institucional do Congresso e também levantaram a bandeira dos Estados Unidos, à véspera do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump passar a ser executado.
