Offline
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/9f22fe65968d79b6f45efc1523e4c4aa.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/113401/slider/80a574611830c0240c40e4d3d91929b3.png
Moraes não deseja acionar Justiça dos EUA sobre sanções de Donald Trump
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 01/08/2025 14:59
Últimas Notícias

  

Durante um jantar reservado no Palácio da Alvorada, na noite desta quinta-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes deixou claro que, neste momento, não deseja acionar a Justiça dos EUA sobre as sanções de Donald Trump. Segundo publicação do G1, a avaliação do ministro é de que as medidas impostas contra ele — amparadas na chamada Lei Magnitsky — têm um viés predominantemente político, e, por isso, a resposta inicial deve ser articulada no campo diplomático, pelo governo brasileiro.

 

 

VEJA FOTO: Alexandre de Moraes faz gesto obsceno a bolsonaristas durante jogo em SP

Segundo relatos de participantes da reunião, Alexandre de Moraes entende que uma eventual ação judicial nos Estados Unidos só deve ser considerada após o esgotamento das vias políticas. O ministro demonstrou desconfiança em relação ao sistema judiciário americano, que, segundo ele, é fortemente influenciado pela opinião pública. Além disso, ressaltou que qualquer medida mais incisiva precisa ser cuidadosamente pensada, diante da complexidade da relação entre os dois países.

 

No encontro, que reuniu ministros, integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevaleceu o entendimento de que os Três Poderes devem agir em conjunto na defesa da soberania nacional. O governo federal, por sua vez, já havia divulgado uma nota oficial em defesa do Judiciário brasileiro e planeja intensificar o posicionamento com um pronunciamento de Lula nos próximos dias.

 

Movimentação suspeita de dólares no dia de tarifaço de Trump será investigada

Ainda que a Advocacia-Geral da União (AGU) esteja avaliando possíveis caminhos jurídicos — inclusive no próprio território americano —, fontes do governo afirmam que qualquer ação dependerá do aval direto de Alexandre de Moraes. A ordem, por ora, é adotar cautela e respeito à decisão do ministro.

 

 

O titular da AGU, Jorge Messias, iniciou a análise técnica do caso e está preparando cenários possíveis para futuras deliberações. No entanto, dentro do governo, a percepção é clara: Alexandre de Moraes precisa se sentir totalmente confortável para decidir o momento e a forma de qualquer reação judicial aos Estados Unidos.

 

Empresa de Trump processa Moraes nos EUA e exige responsabilização por censura

Durante o jantar, presentes relataram que o ministro estava “super tranquilo”, “sereno” e “inabalável”. Afirmou, inclusive, que “não deixará de ser juiz e fazer seu trabalho em razão de qualquer ameaça”.

 

Além do presidente Lula, participaram do encontro os ministros Jorge Messias (AGU), Ricardo Lewandowski (Justiça), o procurador-geral da República Paulo Gonet, e ministros do Supremo, como Luís Roberto Barroso (presidente da Corte), Gilmar Mendes (decano), Edson Fachin (vice-presidente), Flávio Dino, Cristiano Zanin e o próprio Alexandre de Moraes.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!