
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi incluído pelo governo dos Estados Unidos na lista de sanções da Lei Magnitsky, que atinge indivíduos e entidades acusados de graves violações de direitos humanos e corrupção. A decisão foi anunciada na quarta-feira (30/7) pelo presidente Donald Trump e executada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão do Departamento do Tesouro norte-americano.
Com a inclusão, Moraes figura ao lado de cerca de 20 nomes brasileiros já penalizados, como a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e um de seus principais operadores financeiros, Diego Macedo Gonçalves do Carmo, conhecido como “Brahma”, sancionado por lavar R$ 1,2 bilhão para a organização. Também integram a lista o libanês Assad Ahmad Barakat, apontado como elo do Hezbollah na América do Sul, e Ciro Daniel Amorim Ferreira, acusado de liderar um grupo supremacista que administra o canal Terrorgram no Telegram, usado para incitar ataques violentos contra adversários e infraestrutura crítica.
As sanções determinam o congelamento de bens e contas vinculados aos nomes listados em instituições norte-americanas e proíbem cidadãos e empresas dos EUA de manter relações financeiras com os sancionados. Na prática, a medida isola economicamente os alvos do sistema financeiro internacional.
A presença de Moraes nessa listagem marca a primeira vez que um ministro de um país democrático é incluído no rol, tradicionalmente composto por integrantes de regimes autoritários, grupos terroristas e organizações criminosas internacionais.
