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Itamaraty vê sanção a Alexandre de Moraes como sinal de que Trump não quer negociar com o Brasil
Por Silvio Cassiano - SiCa
Publicado em 31/07/2025 13:38
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A inclusão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na lista de sancionados pelos Estados Unidos, sob a Lei Magnitsky, foi interpretada pelo Itamaraty como um gesto político de endurecimento por parte do governo Donald Trump. A decisão, anunciada na quarta-feira (30) pelo Departamento do Tesouro norte-americano, ocorre a dois dias da entrada em vigor do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros.

 

“Essa decisão de hoje mostra claramente que lado quer negociar e que lado quer o conflito”, afirmou um diplomata brasileiro de alto escalão à coluna Igor Gadelha, do Metrópoles. Nos bastidores, a chancelaria avalia que a medida amplia o isolamento do governo brasileiro no diálogo com Washington e reduz o espaço para um acordo que evite os impactos das tarifas sobre exportações nacionais.

 

 

Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, legislação norte-americana criada em 2021 para punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos e corrupção. As sanções têm como efeitos imediatos o congelamento de bens e contas bancárias do ministro nos EUA e restrições ao acesso ao sistema financeiro global.

 

A escalada diplomática acontece em meio aos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar diálogo com Trump. Em entrevista ao The New York Times, publicada também na quarta-feira, Lula afirmou que busca contato direto com o presidente norte-americano, mas ainda não obteve resposta da Casa Branca.

 

Segundo analistas ouvidos pelo Itamaraty, a sanção, anunciada às vésperas do tarifaço, sinaliza que a administração Trump pretende manter pressão sobre o Brasil, associando o tema comercial a questões políticas e de direitos humanos.

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