
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o governo federal manteve, entre 2016 e 2025, pagamentos de salários, aposentadorias e benefícios sociais a pessoas com indícios de óbito, totalizando R$ 4,4 bilhões. O relatório, apresentado pelo ministro Jorge Oliveira, aponta que cerca de R$ 28,5 milhões continuam sendo pagos mensalmente, inclusive durante a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do portal UOL.
Segundo o levantamento, 99% dos pagamentos indevidos decorrem de falhas no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), que acumula 13,1 milhões de registros de óbito não informados, praticamente o dobro do tamanho atual da base. Em fevereiro deste ano, já sob o governo Lula, foram identificados 650 servidores, aposentados ou pensionistas falecidos que continuaram recebendo salários e benefícios, somando R$ 3,6 milhões.
O TCU determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convoque, em até 30 dias, beneficiários que constam como mortos para prova de vida e apure, em até 90 dias, responsabilidades de cartórios que enviaram informações fora do prazo ou incompletas.
O presidente do TCU, Bruno Dantas, criticou duramente a situação: “O Brasil pagou, em 10 anos, bilhões para pessoas mortas porque fomos incapazes de integrar nossos sistemas. Vai chegar um momento em que não teremos dinheiro para pagar os vivos”.
