
Enquanto China, Japão, União Europeia e outros países conseguiram negociar reduções e suspensões de tarifas impostas pelos Estados Unidos, o Brasil ficou isolado e recebeu a maior taxação entre todos: 50% sobre seus produtos exportados. O anúncio foi feito neste domingo (27) pelo presidente Donald Trump e pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, que confirmaram a vigência das medidas a partir do dia 1º.
De acordo com informações do próprio governo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que nenhum representante dos EUA aceitou receber o vice-presidente Geraldo Alckmin, designado para liderar as negociações. A ausência de diálogo contrasta com a postura adotada por outros parceiros. A União Europeia, por exemplo, garantiu redução de tarifas e fechou acordos de compra de US$ 750 bilhões em energia e investimentos de US$ 600 bilhões em solo americano. O Japão obteve diminuição de alíquotas de 25% para 15% e prometeu investir US$ 550 bilhões, enquanto China, Reino Unido e países do sudeste asiático também conquistaram termos mais favoráveis.
Além de fatores comerciais, Trump citou declarações públicas de Lula consideradas “afrontosas” ao governo norte-americano, além do que classificou como “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e medidas do Supremo Tribunal Federal que, segundo ele, restringem a liberdade de expressão de cidadãos e empresas dos EUA.
