(O Globo) O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para impedir que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja nomeado para cargos comissionados em governos estaduais ou municípios. O pedido foi protocolado dentro do inquérito que investiga suspeitas de obstrução de justiça em processos envolvendo o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com o término de sua licença na Câmara no último domingo, aliados do deputado têm buscado alternativas para mantê-lo no mandato, mesmo morando fora do país. Uma das apostas do grupo é emplacá-lo em uma secretaria estadual em governos aliados, como o de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina.
Em uma nova petição encaminhada ao Supremo, Lindbergh solicitou o impedimento das indicações para cargos comissionados estaduais. “Pedimos que Eduardo Bolsonaro seja proibido de ser nomeado para cargo fantasma em governos aliados, manobra para bancar sua fuga e blindá-lo da Justiça”, escreveu em um post no X ao anunciar a protocolação do pedido. Ainda segundo Lindbergh, a ação também pediu o afastamento cautelar do deputado de seu mandato na Câmara.
“O objetivo dissimulado dessa nomeação é garantir sustentação financeira irregular, simular vínculo funcional e permitir a manutenção de sua permanência no exterior, mesmo após o encerramento de sua licença parlamentar e o bloqueio judicial de seus bens e valores”, diz a representação protocolada pelo líder do PT.
