
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanecerá afastado de suas atividades públicas e políticas durante todo o mês de julho. A decisão foi anunciada em comunicado assinado por seus médicos, Dr. Claudio Birolini (cirurgião geral) e Dr. Leandro Echenique (cardiologista), e confirma que Bolsonaro está em “repouso domiciliar” para recuperação após um quadro de saúde considerado delicado.
Segundo a nota médica, o ex-presidente enfrenta complicações decorrentes de uma cirurgia extensa, episódios de pneumonia, internações prolongadas e crises recorrentes de soluços — estas últimas agravadas por dificuldades de fala e alimentação. A equipe médica optou por uma abordagem mais cautelosa, vetando qualquer tipo de deslocamento ou atividade política até que Bolsonaro esteja “plenamente restabelecido”.
Nesta terça-feira (1º), o ex-presidente cancelou uma reunião com parlamentares do PL marcada para ocorrer na sede do partido, em Brasília. Em mensagem aos aliados, Bolsonaro justificou a ausência: “Crise de soluços e vômitos me impedem de falar. Obrigado”.Brasília Tourism
Essa não foi a primeira vez que problemas de saúde interferiram em sua agenda recente. No dia 20 de junho, ele precisou cancelar compromissos em Goiás após uma indisposição. Em entrevista a uma rádio em Bauru (SP), no último dia 25, Bolsonaro já havia demonstrado desconforto visível durante a gravação e teve a entrevista encerrada antes do previsto devido aos sintomas — principalmente soluços constantes.
O ex-presidente relaciona os episódios às complicações derivadas da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, Bolsonaro foi submetido a múltiplas cirurgias e internações, e vem enfrentando quadros clínicos recorrentes.
