
Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, a federação que junta União Brasil e PP vai apoiar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do próximo ano. A fala acontece ao mesmo tempo que o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), publica carta em que reforça que está à disposição das legendas que devem se federar para disputar à presidência.
À Folha, Celso, ligado ao União Brasil, disse que “nós acreditamos que, até o momento de tomar a decisão oficialmente, nós vamos estar alinhados em todas as alas da federação para apoiar o presidente Lula”. O partido dele ainda tem outras duas indicações no primeiro escalão do governo federal: os ministros das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, e o da Integração Nacional, Waldez Góes. O PP, por sua vez, tem André Fufuca no Ministério do Esporte.
Ambas as siglas têm alas de oposição ao governo federal no Congresso e nos Executivos pelo País. O governador Ronaldo Caiado é um deles. O gestor de Goiás, inclusive, formalizou sua pré-candidatura à presidência no começo de abril com críticas a Lula e com a bandeira da segurança pública. No PP, o presidente nacional é o senador Ciro Nogueira, crítico do petista e ex-ministro de Bolsonaro (PL).
Carta de Caiado
Em carta aberta divulgada nesta terça-feira (29), o governador Ronaldo Caiado, em recado direcionado aos filiados do Partido Progressistas (PP), reforçou seu compromisso em levar adiante a federação entre os pepistas e o União Brasil. Ele enfatizou que o agrupamento que se tornará uma super-legenda partidária tem tudo para lançar uma pré-candidatura à presidência da República e lembra que seu nome já está à disposição.
A carta antecede a formalização oficial da Federação entre União Brasil e Progressistas, marcada para a tarde desta terça-feira (29), em solenidade na Câmara dos Deputados, em Brasília. Com 109 deputados federais e 14 senadores, a nova federação, batizada informalmente de União Progressista, se torna a maior força político-partidária do país.
Na mensagem, Caiado defende que a federação abre caminho para uma candidatura própria à presidência e sugere que o grupo adote uma postura de afastamento em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É chegada a hora de colocarmos mãos à obra. Debater os próximos passos, pensar numa postura de afastamento do Governo Federal, um governo que, definitivamente, não consegue atender aos anseios do nosso povo”, escreveu.
