O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (25) a soltura de José Acácio Serere Xavante, mais conhecido como Cacique Tserere, indígena Xavante, evangélico preso desde 22 de dezembro de 2024.

A detenção ocorreu quando Tserere foi capturado pela Polícia Federal na fronteira do Brasil com a Argentina, ao tentar fugir para o país vizinho. A prisão estava relacionada à sua participação em atos nos quais ele supostamente promoveu ameaças a ministros do STF e ao presidente Lula.

Cacique Tserere se tornou conhecido por seu intenso ativismo conservador. Em 2022, ganhou notoriedade por participar de manifestações em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde gravava vídeos criticando diretamente o STF, em especial o ministro Alexandre de Moraes, e contestava os resultados das urnas eletrônicas.

Fontes próximas ao STF indicam que a soltura pode estar vinculada ao avanço dos processos judiciais envolvendo outros líderes dos atos de 8 de janeiro e ao entendimento de que a prisão preventiva já havia cumprido seu papel.

Apesar de sua soltura, Tserere ainda responde por ameaças, incitação à desordem e ataques ao Estado democrático de direito, entre outros crimes previstos no inquérito das milícias digitais e nos autos relacionados aos atos antidemocráticos.